Your browser doesn't support javascript.
loading
Show: 20 | 50 | 100
Results 1 - 20 de 30
Filter
1.
Psicol. ciênc. prof ; 43: e245337, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1422395

ABSTRACT

Partindo da psicologia, este texto compõe nosso exercício ético-político de assumir a perspectiva dos povos e de suas organizações, neste caso em específico, da Aty Guasu, movimento étnico-social dos Kaiowá e Guarani de Mato Grosso do Sul. A colonização e expropriação violenta dos territórios tradicionais destes povos, o tekoha guasu, culminou na limitação do modo originário de ser, segundo os princípios cosmológicos, desdobrando-se na precarização da saúde, visível pelos altos índices de desnutrição, suicídio, violência e mortalidade. Com este estudo, visamos descrever e analisar aspectos da dimensão saúde para os Kaiowá e Guarani a partir de suas próprias narrativas. Como estratégia metodológica, realizamos a análise documental de todos os comunicados, em formato de notas, publicados entre 2011 e 2013 no blog do movimento na internet. Também participamos, de 2015 a 2020, de momentos importantes para as comunidades, como as Grandes Assembleias Kaiowá e Guarani, com registros em diário de campo. Esses procedimentos, articulados às produções teóricas da antropologia, psicologia da libertação, estudos decoloniais e anticoloniais, possibilitaram o entendimento da indissociabilidade da saúde indígena dos processos de colonização territorial e intersubjetiva. Nesse sentido, a saúde dos Kaiowá e Guarani, tendo o tekoha como aspecto vital, segundo a cosmopolítica, encontra-se em profundo conflito devido à expropriação, expulsão e confinamento empreendido pelas políticas colonialistas. Portanto, propomos a compreensão do tekoha como indicador da saúde Kaiowá e Guarani e os movimentos de reocupação dos territórios, protagonizados pela organização autônoma das comunidades e sintetizados pela sentença: "terra é vida", como retomada da saúde.(AU)


From the psychology, this text makes up our ethical-political exercise of regarding the perspective of the peoples and their organizations, in this specific case, Aty Guasu, ethnic-social movement of the Kaiowá and Guarani of Mato Grosso do Sul. Colonization and violent expropriation of the traditional territories of these peoples, the tekoha guasu, resulted in limiting the original way of being, according to cosmological principles, unfolding in the precariousness of health, visible from the high rates of malnutrition, suicide, violence, and mortality. With this research, we aim to describe and analyze aspects about the health dimension for the Kaiowá and Guarani from their own narratives. As a methodological strategy, we carry out the Document Analysis of all communications, in the form of notes, published between 2011 and 2013 on the organization's blog on the internet. We also participated, from 2015 to 2020, of important moments for the communities, such as the Highs Assemblies Kaiowá and Guarani, with records in a field diary. These proceedings, articulated with the theoretical productions of anthropology, liberation psychology, decolonial and anticolonial studies, made it possible to understand the inseparability of indigenous health from the processes of territorial and intersubjective colonization. In this sense, the health of the Kaiowá and Guarani, taking the tekoha as a vital aspect, according to cosmopolitics, is in deep conflict due to the expropriation, expulsion, and confinement undertaken by colonialist policies. Therefore, we propose the understanding of the tekoha as an indicator of Kaiowá and Guarani health, and the movements of reoccupation of territories, led by the autonomous organization of communities and synthesized by the sentence: "land is life," as a recovery of health.(AU)


Este texto realiza un ejercicio ético-político desde el aporte de la Psicología al asumir la perspectiva de los pueblos y sus organizaciones, en este caso, de la Aty Guasu, un movimiento étnico y social de los Kaiowá y Guaraní. La colonización y expropiación violenta de los territorios tradicionales de estos pueblos, los tekoa guasu, culminó en la limitación de los modos originarios de ser según los principios cosmopolíticos, que tienen como resultado la precarización de la salud, visibles por los altos índices de desnutrición, suicidio, violencia y mortalidad. En este estudio se busca tejer aproximaciones acerca la dimensión salud para los Kaiowá y Guaraní a partir de sus proprias narrativas. La metodología utilizada realizó un Análisis Documental de todos los anuncios en formato de "notas", publicados en los años 2011 y 2013, en el blog del movimiento en la internet. También hubo participación, de 2015 a 2020, en momentos importantes para las comunidades, tales como en las Gran Asambleas Kaiowá y Guaraní, con registro en diario de campo. Estos procedimientos articulados a las producciones de la Antropología, Psicología de la Liberación, Estudios Decoloniales y Anticoloniales permiten comprender la condición indisociable de la salud indígena en los procesos de colonización territorial e intersubjetiva. En este sentido, la salud de los Kaiowá y Guaraní, por el tekoha ser aspecto vital según la cosmovisión de estos pueblos, se encuentra en profundo conflicto debido a la expropiación, expulsión y confinamiento practicado por las políticas colonialistas. Por lo tanto, comprender el tekoha como indicador de la salud Kaiowá y Guaraní, y los movimientos de reocupación de los territorios, protagonizado por la autonomía de las comunidades, como recuperación de la salud, sintetiza en la sentencia: "tierra es vida".(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychology, Social , Health , Colonialism , American Indian or Alaska Native , Social Problems , Social Sciences , Awareness , Brazil , Culture , Dehumanization , Human Rights Abuses , Xenophobia , Sociocultural Territory , History , Human Rights
2.
Psicol. soc. (Online) ; 35: e277075, 2023.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1521414

ABSTRACT

Resumo O presente trabalho busca analisar os efeitos do denominado "pacto narcísico" da branquitude sobre a psique dos indivíduos de cor. Esse acordo, em suma, é caracterizado por um contrato não verbal entre corpos brancos para manutenção de seus privilégios. O objetivo deste estudo é investigar as reverberações desse pacto em corpos negros, principalmente no que se refere a suas emoções e afetos, a partir de dados bibliográficos e de experiências clínicas. Constituir-se como negro em um universo que preza pelo ideal da brancura significa experimentar um "não lugar", que resulta em danos psíquicos à comunidade negra. Desse modo, apostamos na decolonização da psicologia como ferramenta para criar novas formas de ser e de estar no mundo.


Resumen Este trabajo busca analizar los efectos del denominado "pacto narcisista" de la blanquitud en la psique de las personas de color. Este acuerdo, en suma, se caracteriza por un contrato no verbal entre cuerpos blancos para mantener sus privilegios. El objetivo de este estudio es investigar las reverberaciones de este pacto en los cuerpos negros, especialmente en lo que respecta a sus emociones y afectos, a partir de datos bibliográficos y experiencias clínicas. Constituirse como negro en un universo que valora el ideal de la blancura significa experimentar un "no lugar", lo que resulta en daños psíquicos a la comunidad negra. De eta manera, apostamos por descolonizar la psicología como herramienta para crear nuevas maneras de ser y estar en el mundo.


Abstract This paper aims to analyze the effects of the so-called "narcissistic pact" of whiteness on the psyche of individuals of color. This agreement, in short, is characterized by a nonverbal contract between white bodies to maintain their privileges. This objective of this study is to investigate the reverberations of this pact on black bodies, especially with regard to their emotions and affections, based on bibliographical data and clinical experiences. Constituting oneself as black in a universe that values the ideal of whiteness means experiencing a "non-place", which results in psychic damage to the black community. Therefore, we are committed to decolonizing psychology as a tool to create new ways of being in the world.

3.
Psicol. soc. (Online) ; 35: e277101, 2023.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1521417

ABSTRACT

Resumo O artigo analisa as especificidades do racismo anti-indígena e sua relação com os marcos temporais da colonização. Em uma abordagem qualitativa e bibliográfica, elenca eixos do apagamento das identidades indígenas (etnogenocídio). São eles, a exigência de habitação em terra demarcada; a língua indígena; a aparência estereotipada e as noções de "descendente" e "pardo". Foram lidos 37 Trabalhos de Conclusão do Curso de Licenciatura Indígena da Mata Atlântica, da Universidade Federal de Santa Catarina, de autoria de acadêmicos guarani. Os argumentos centrais destes trabalhos foram enfatizados, sobretudo os relativos à identidade indígena guarani e à branquitude. Através da Plataforma Scielo, foi realizada análise dos artigos sobre branquitude, publicados entre 2018 e 2022. Nela foi constatado um apagamento das questões indígenas. Nos trabalhos guarani foram apontadas as especificidades do racismo anti-indígena, congregadas na categoria etnogenocídio. A pesquisa conclui apontando a importância das cosmogonias indígenas e suas temporalidades como meios de reflorestar o imaginário.


Resumen El artículo analiza las especificidades del racismo antiindígena y su relación con los hitos temporales de la colonización. En un enfoque cualitativo y bibliográfico, enumera ejes de borradura de las identidades indígenas (etnogenocidio). Ellos son: el requisito de vivienda en terrenos demarcados; la lengua indígena; la apariencia estereotipada y las nociones de "descendiente" y "moreno". Fueron leídos 37 Trabajos Finales de la Carrera Indígena de la Mata Atlántica, de la Universidad Federal de Santa Catarina, escritos por académicos guaraníes. Se enfatizaron los argumentos centrales de estas obras, especialmente los relativos a la identidad indígena guaraní y la blanquitud. A través de la Plataforma Scielo se realizó un análisis de artículos sobre la blanquitud, publicados entre 2018 y 2022. La investigación reveló una eliminación de las cuestiones indígenas. En las obras guaraníes se destacaron las especificidades del racismo antiindígena, agrupadas en la categoría de etnogenocidio. La investigación concluye señalando la importancia de las cosmogonías indígenas y sus temporalidades como medios de reforestación del imaginario.


Abstract This research paper analyzes the specificity of anti-indigenous racism and its relationship with the temporal milestones of colonization. In a qualitative and bibliographical approach, it lists axes of erasure of indigenous identities (ethnogenocide). They are: the requirement for living on demarcated land; the indigenous language; the stereotypical appearance and the notions of "descendant" and "brown". 37 Final Papers from the Atlantic Forest Indigenous Degree Course, from the Federal University of Santa Catarina, authored by Guarani academics, were read. The central arguments of these works were emphasized, especially those relating to Guarani indigenous identity and whiteness. Through the Scielo Platform, an analysis of articles on whiteness, published between 2018 and 2022, was carried out. It revealed an erasure of indigenous issues. In Guarani works, the specificity of anti-indigenous racism were highlighted, grouped under the ethnogenocide category. The research conclusion points out the importance of indigenous cosmogonies and their temporalities as means of reforesting the imagination.


Subject(s)
Antiracism/psychology , Ethnic Distribution
4.
Rev. chil. ortop. traumatol ; 63(3): 158-163, dic.2022. tab
Article in Spanish | LILACS | ID: biblio-1436875

ABSTRACT

INTRODUCIÓN Las infecciones perioperatorias en cirugía de reemplazo articular son fuente importante de morbimortalidad, así como de altos costos económicos y sociales, tanto para el paciente como para su entorno. La colonización preoperatoria por Staphylococcus aureus ha sido reconocida como un factor de riesgo importante para desarrollar una infección de sitio quirúrgico.El objetivo de este estudio es conocer la prevalencia de portación nasal de S. aureus, tanto sensible a la meticilina (SASM) como resistente a la meticilina (SARM), en pacientes candidatos a cirugía de reemplazo articular de cadera o rodilla. MATERIALES Y MÉTODOS Se realizó un estudio observacional de una cohorte retrospectiva de pacientes con indicación de artroplastia total de cadera (ATC) y rodilla (ATR) electiva por artrosis severa en un hospital público de Chile. Los pacientes fueron sometidos a tamizaje preoperatorio de portación, cultivándose muestras obtenidas mediante hisopado de ambas fosas nasales. Los datos del laboratorio fueron recopilados y presentados como porcentaje de portación de S. aureus. RESULTADOS Se estudiaron 303 pacientes consecutivos de ATC y 343 de ATR. En total, 483 de los 646 pacientes (74,7%) tuvieron estudio preoperatorio de portación nasal. Se identificaron 123 pacientes (25,4%) portadores de S. aureus, de los cuales sólo 2 (0,41%) casos correspondieron a SARM. CONCLUSIÓN La prevalencia de portación nasal de S. aureus obtenida fue de 25%, similar a lo reportado en otras series. La prevalencia de SARM (0.41%), sin embargo, estuvo bajo lo descrito en la literatura internacional (0,6­6%). Sería de utilidad, dada la alta prevalencia de portación descrita en nuestro trabajo y de acuerdo a evidencia publicada recientemente, realizar protocolos de descolonización universales, sin necesidad de realizar tamizaje preoperatorio.


INTRODUCTION Surgical-site infections in joint replacement surgery are an important source of morbidity and mortality that entail high economic and social burden both for the patient and their environment. Preoperative colonization by Staphylococcus aureus has been recognized as an important risk factor for the development of surgical-site infection. The aim of the present study is to determine the prevalence of nasal colonization by S. aureus, both methicillin-sensitive (MSSA) and methicillin-resistant (MRSA) in patients who are candidates for total replacement of the hip or knee joints. MATERIALS AND METHODS A retrospective observational study of a cohort of 646 patients with an indication to undergo total hip arthroplasty (THA) or total knee arthroplasty (TKA) due to severe osteoarthritis was performed in a Public Hospital in Chile. The patients were submitted to a preoperative screening for S. aureus carriage, and the culture samples were obtained by swabbing both nostrils. The laboratory data was collected and presented as a percentage of carriage. RESULTS We consecutively examined 303 THA and 343 TKA patients. A total of 483 of the 646 patients (74.7%) underwent a preoperative study of nasal carriage. We identified 123 (25.4%) S. aureus carriers, and only found 2 (0.41%) cases corresponding to MRSA. CONCLUSION We found a prevalence of nasal carriage of S. aureus of 25.4%, a rate similar to that reported in other series. The prevalence of MRSA (0.41%), however, was lower than that reported in the international literature (0.6­6%). Given the high prevalence of carriage described in our work and according to recently published data, it would be worthwhile to carry out universal decolonization protocols, without the need for preoperative screening.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Staphylococcal Infections/epidemiology , Arthroplasty, Replacement, Hip , Arthroplasty, Replacement, Knee , Methicillin-Resistant Staphylococcus aureus/isolation & purification , Staphylococcus aureus/isolation & purification , Preoperative Care , Prevalence , Methicillin/therapeutic use , Anti-Bacterial Agents/therapeutic use , Nasal Cavity/microbiology
5.
Agora (Rio J.) ; 25(2): 74-85, maio-ago. 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1403093

ABSTRACT

RESUMO: Apresentamos nesse artigo os primeiros resultados de uma pesquisa de pós-doutorado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Teoria Psicanalítica da UFRJ, que tem, como campo de intervenção do psicanalista, os movimentos sociais populares. A hipótese de trabalho sustentada é a de que a presença do psicanalista junto a tais movimentos favorece a sublimação, um destino da pulsão diferente do recalque e das perversões e pode servir como meio de decolonização dos laços sociais e de tratamento do gozo racista. Através da apropriação das novas tecnologias digitais, movimentos de base popular e de transformação social e política constroem novos modos de transmissão de um uso particular da língua, da cultura e das invenções singulares para enfrentamento do colonialismo e da necropolítica. A subversão do sujeito pode ser testemunhada pela amplificação de vozes que encontram ressonância na pólis, rompendo o silenciamento histórico imposto pelo jugo da raça, que reduz sujeitos a objetos-dejeto do capital.


ABSTRACT: We present in this article the first results of a post-doctoral research developed in the Graduate Program in Psychoanalytic Theory at UFRJ, which has, as a field of intervention of the psychoanalyst, popular social movements. The working hypothesis is that the presence of the psychoanalyst with such movements favors sublimation, a destination of the drive different from repression and perversions and can serve as a means of decolonizing social ties and treating racist jouissance. Through the appropriation of new digital technologies, grassroots movements and social and political transformation build new modes of transmission of a particular use of language, culture and unique inventions to face colonialism and necropolitics. The subversion of the subject can be witnessed by the amplification of voices that find resonance in the polis, breaking the historical silencing imposed by the yoke of race, which reduces subjects to capital waste objects.


Subject(s)
Psychoanalysis , Social Media , Racism
6.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 27(3): 937-946, mar. 2022.
Article in English, Portuguese | LILACS | ID: biblio-1364702

ABSTRACT

Resumo O ensaio enfatiza a reflexão psicossocial do psiquiatra martinicano Frantz Fanon. Seu pensamento tem expressão na crítica da dominação colonial e do racismo, destacando-se as obras Pele negra, máscaras brancas e Os condenados da Terra. Uma transcendência literária forja seu discurso apaixonado e libertador, relevante nas teorizações pós-coloniais e decoloniais. Crescentemente reconhecido pela discussão política do mundo diaspórico contemporâneo, suas ideias e práticas médico-sociais, precursoras na atenção à saúde mental, são menos conhecidas. Referenciado por Paulo Freire e Boaventura de Sousa Santos, Fanon releva a cultura na discussão de uma sociogênese do sofrimento mental e na crítica à inadequação da psicanálise eurocêntrica para lidar com a opressão colonial e o racismo. Fanon, embora citado por Franco Baságlia, não figurou como referência para a Reforma Psiquiátrica Brasileira, mas seu pensamento descolonial e antirracista se revela, em perspectiva, uma importante contribuição para a saúde coletiva.


Abstract The essay emphasizes the psychosocial reflection of the Martinican psychiatrist Frantz Fanon. Fanon's thought is marked by criticism of colonial domination and racism, as in "Black Skin, White Masks" and "The Damned of the Earth." A literary transcendence signalizes his passionate and liberating speech, relevant in postcolonial and decolonial theories. Fanon is increasingly acknowledged for his political discussion of the diasporic contemporary world, although his medical and social ideas and practices, as precursors in mental health assistance, are less well known. Mentioned by Paulo Freire and Boaventura de Sousa Santos, Fanon stresses culture in his sociogenesis and when he criticizes the inadequacy of Eurocentric psychoanalysis to deal with colonial oppression and racism. Although he was cited by Franco Basaglia, Fanon did not feature as a benchmark in Brazilian Psychiatric Reform, though his decolonial and antiracist thought, is, when viewed in perspective, is an important contribution to Public Health.


Subject(s)
Humans , Male , Psychiatry , Mental Disorders/psychology , Mental Disorders/therapy , Speech , Mental Health , Public Health
7.
Psicol. ciênc. prof ; 42(spe): e263587, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1386984

ABSTRACT

A constituição da psicologia como profissão e área acadêmico-científica se nutriu de saberes psicológicos presentes no campo cultural. A ciência e a profissão desdobram tais saberes em atenção a demandas do campo social. Quando esses conhecimentos, práticas e demandas são ingênua ou intencionalmente tomados como gerais e universais, há o risco de se reproduzir violências epistêmicas, eliminando as oportunidades de partilha e contribuição dos diversos pontos de vista culturalmente situados na construção daquilo que, desdobrando tradições greco-romanas, judaicas e cristãs vem sendo nomeado como psicologia. Diante dos 60 anos da regulamentação da Psicologia no Brasil, embora nas últimas décadas tenha havido algum esforço de escuta das demandas indígenas, em Pindorama ainda há um longo percurso para que as contribuições desses povos impliquem profundas retificações semânticas, implicando revisões conceituais e teórico-práticas. Este artigo defende que qualificar a psicologia como indígena visa oportunizar o diálogo de indígenas psicólogas e psicólogos, e quaisquer pessoas interessadas em refletir sobre o enraizamento dos conhecimentos e práticas psicológicas nas tradições que os originaram.(AU)


As a profession and academic-scientific area, Psychology was nourished by psychological knowledge that circulate on the cultural sphere, which the discipline unfolds in practices to meet social demands. When this knowledge, these practices and demands are naively or intentionally taken as universal, we risk reproducing epistemic violence, suppressing opportunities for sharing and contribution by different points of view culturally situated in the construction of what, based on Greco-Roman, Jewish and Christian traditions has been called psychology. Sixty years after the regulation of Psychology in Brazil, despite the efforts made in the last decades to listen to the Indigenous demands, Pindorama has a long way to go before these contributions ensue deep semantic ramifications, leading to conceptual and theoretical-practical revisions. This paper argues that qualifying psychology as Indigenous aims to provide opportunities for dialogue for indigenous psychologists, other psychologists, and anyone interested in reflecting on the diverse roots of psychological practices.(AU)


La constitución de la Psicología en tanto profesión y campo académico-científico estuvo conformada de saberes psicológicos presentes en el campo cultural. La ciencia y la profesión despliegan tales saberes en atención a las demandas del campo social. Cuando estos saberes, prácticas y demandas son considerados ingenua o intencionalmente como generales y universales, existe un riesgo de reproducir violencias epistémicas, eliminando oportunidades para compartir y aportar desde los diferentes puntos de vista culturalmente situados en la construcción de lo que desde tradiciónes griegas, romanas, judías y cristianas se viene nombrando la Psicología. Frente a los 60 años de regulación de la Psicología en Brasil, si bien en las últimas décadas hubo algún esfuerzo por escuchar las demandas indígenas, en Pindorama aún queda un largo camino por recorrer para que los aportes de estos pueblos impliquen profundas correcciones semánticas y revisiones conceptuales, teóricas y prácticas. Este artículo argumenta que calificar la Psicología como indígena pretende brindar espacios de diálogo entre psicólogas y psicólogos indígenas, y los demás interesados en reflexionar sobre el arraigo de las prácticas psicológicas en diferentes tradiciones.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , History, 16th Century , History, 18th Century , History, 19th Century , History, 20th Century , Psychology , Social Behavior , Violence , Communication , Knowledge , Indigenous Culture , Ethnocentrism , Thinking , Brazil , Cultural Diversity , Europe , Indigenous Peoples , Health Occupations , Latin America , Persons
8.
Psicol. ciênc. prof ; 42(spe): e264143, 2022.
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-1386988

ABSTRACT

Pode a clínica psicológica escutar as subjetividades periféricas? A partir dessa problematização, o presente estudo teórico se propõe a pensar a relação entre clínicas psicológicas e subjetividades periféricas, aquelas vidas que estão afastadas dos diversos centros: políticos, sociais, econômicos, étnico-raciais, de gênero e sexualidades etc. Marcadas por relações de exclusão, opressões e precarizações, as subjetividades periféricas são vistas como produtos de processos de colonização que se atualizam em estratégias mais sofisticadas, investindo além do corpo biológico e alcançando os processos de subjetivação em suas múltiplas faces. Ao mesmo tempo, também são vistas como sujeitas, cujos processos de dessubjetivação dessa produção de território existencial terrificante expressam linhas de resistência crítica e inventiva que contornam um espaço fora do centro não como lugar de sujeição, mas de politização do corpo e afirmação da vida. O estudo aponta para a irrupção da fixidez teórico-metodológica e aposta na invenção de uma clínica que pensa a partir de onde os pés pisam, e da experimentação dos contextos e das vidas que se propõe cuidar, produzindo uma dupla tarefa de descolonização: da psicologia clínica ainda carregada de discursos e práticas colonizantes e das subjetividades que são produtoras e produtos de processos de opressão e exclusão.(AU)


Can psychological clinic listen to peripheral subjectivities? From this problematic, this theoretical study reflects on the relationship between psychological clinics and peripheral subjectivities-lives that are removed from the various centers: political, social, economic, racial-ethnic, gender and sexualities, etc. Marked by exclusion, oppression, and precariousness, peripheral subjectivities are seen as products of colonization processes that are reiterated by more sophisticated strategies, going beyond the biological body and reaching the subjectivation processes in its multiple facets. Simultaneously, they are seen as subjects, whose desubjectivation processes of this terrifying existential territory production express critical and inventive resistances that outline a peri-space not as a place of subjection, but of politicization of the body and affirmation of life. The study argues in favor of dismantling theoretical-methodological fixity and inventing a clinic rooted on experimentation of the contexts and lives it proposes to care for, engendering a double decolonization: of clinical psychology still laden with colonizing discourses and practices and of subjectivities that produce and are products of oppression and exclusion.(AU)


¿Puede la clínica psicológica escuchar las subjetividades periféricas? Desde esta problematización, este estudio se propone pensar la relación entre clínicas psicológicas y subjetividades periféricas, aquellas vidas que están apartadas de todos los centros: políticos, sociales, económicos, étnico-raciales, de género y sexualidades, etc. Marcadas por relaciones de exclusión, opresiones, precarizaciones, estas subjetividades periféricas son producto de los procesos de colonización que se actualizan en estrategias más sofisticadas que, más allá del cuerpo biológico, invisten en los procesos de subjetivación y sus múltiplos rostros. Al mismo tiempo, son agentes cuyos procesos de subjetivación de esta producción de territorio existencial petrificante exprimen líneas de resistencia crítica e inventiva que contornan el margen del centro no como espacio de sujeción, sino como espacio de politización del cuerpo y afirmación de la vida. El estudio realizado apunta a la necesidad de ruptura con los aportes teórico-metodológicos rígidos y apuesta en la invención de una clínica que piensa desde su fundamentación, y de la experimentación de los contextos y vidas que buscan cuidar, lo que produce una doble tarea de descolonización: de la psicología clínica aún marcada por las prácticas de colonialidad y de las subjetividades que son productoras y producto de los procesos de opresión y exclusión.(AU)


Subject(s)
Humans , Male , Female , Psychology, Clinical , Poverty Areas , Colonialism , Ownership , Psychology , Public Policy , Social Isolation , Social Problems , Socioeconomic Factors , Cultural Diversity , Sexuality , Social Investment Projects , Ethics , Racism , Ethnocentrism , Social Oppression , Social Privilege , Respect , Information Avoidance , Systemic Racism
9.
Investig. psicol. (La Paz, En línea) ; (supl.): 39-52, sept. 2021.
Article in Spanish | LILACS | ID: biblio-1343618

ABSTRACT

Los recursos didácticos transdisciplinares, se constituyen en una posibilidad para romper con los repetidos modelos educativos tradicionales que distraen a las personas de la construcción de conocimientos significativos, culturalmente pertinentes y socialmente relevantes; por lo tanto, para descolonizar desde el aula promoviendo la liberación del pensamiento y el rescate de su complejidad, así como de la existencia de las personas, y, por ende, de las comunidades y de las sociedades a las que pertenecen.


The transdisciplinary didactic resources constitute a possibility to break with the repeated traditional educacional models that distract people from the construction of significant, culturally pertinent and socially relevant knowledge; therefore, to decolonize from the classroom by promoting the liberation of thought and the rescue of its complexity, as well as the existence of people, and, therefore, of the communities and societies to which they belong.


Os recursos didáticos transdisciplinares constituem uma possibilidade de ruptura com os repetidos modelos tradicionais educacionais que desviam as pessoas da construção de conhecimentos significativos, culturalmente pertinentes e socialmente relevantes; portanto, descolonizar da sala de aula promovendo a libertação do pensamento e o resgate de sua complexidade, bem como a existência das pessoas e, portanto, das comunidades e sociedades a que pertencem.


Subject(s)
Teaching Materials , Models, Educational , Societies
10.
Bol. méd. Hosp. Infant. Méx ; 78(4): 306-317, Jul.-Aug. 2021.
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1345417

ABSTRACT

Resumen En este trabajo se recuperan las raíces latinas de la educación, educare y educere, y se muestran sus respectivas equivalencias con la educación pasiva y la educación participativa. Se da cuenta del predomino histórico de la educación pasiva (educare) y su implantación en los países colonizados. Se plantea que el papel de la educación pasiva en la reproducción de los rasgos degradantes de las sociedades actuales (ethos), como el individualismo, la pasividad política y la competitividad, es la razón de su predominio, así como su contribución al control de conciencias que encubre el colapso civilizatorio en curso. Con respecto a la educación médica, los influjos colonizadores revestidos de modernidad han perpetuado la educación pasiva; desde el Informe Flexner hasta las competencias profesionales. Se afirma que las mentes colonizadas son el mayor obstáculo al progreso de la educación médica. La educación participativa (heredera de educere) se sustenta en la crítica profunda y creativa, potencia cognoscitiva capaz de elaborar un conocimiento penetrante y liberador. Se argumenta que la cima de este tipo conocimiento son formas superiores de ser en lo espiritual, intelectual, moral y convivencial, que cristaliza al emprender proyectos vitales orientados a una descolonización efectiva, que permita aproximarse a sociedades inclusivas, pluralistas, justas y solidarias basadas en la progresión de los derechos humanos y comunitarios, así como en la revaloración y la preservación de la diversidad biológica del planeta.


Abstract This work recovers the Latin roots of education-educare and educere-and shows their respective equivalences with passive and participatory education. Also, it gives an account of the historical predominance of passive education (educare) and its implantation in colonized countries. It is proposed that the role of passive education in reproducing degrading features of today's societies (ethos) such as individualism, political passivity, and competitiveness, is the reason for its dominance, as well as its contribution to consciences' control that conceals ongoing civilizational collapse. Regarding medical education, modern colonizing influences have perpetuated passive education, from Flexner Report to professional competencies. Colonized minds are the biggest obstacle to medical education progress. Participatory education (educere's heir) is based on deep and creative critique, a cognitive power capable of developing a penetrating and liberating knowledge. It is argued that the summit of this kind of knowledge are superior forms of being, regarding spiritual, intellectual, moral, and coexistence dimensions, crystallizing in vital projects aimed at effective decolonization, which allow approaching to inclusive, pluralistic, just, and solidary societies based on the progression of human and community rights, as well as on the re-evaluation and preservation of the planetary biological diversity.

11.
Sex., salud soc. (Rio J.) ; (37): e21304, 2021.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1357444

ABSTRACT

Resumo Betweeners (palavra criada pelos autores): utilizamos essa possibilidade da língua inglesa (de tradução difícil) no decorrer desta versão em português para explicar as condições de pessoas que habitam o espaço entre mundos, entre fronteiras, concretas e socioculturais. Como escrever nossa história entrelaçada com a história de tantos humanos oprimidos, de tantas singularidades e universalidades compartilhadas? Buscamos uma autoetnografia que seja performativa e transgressora diante de desigualdades brutais, injustiças óbvias e justificativas esfarrapadas dadas por aqueles com mais privilégios e poder "para nomear o mundo". Nós procuramos por uma forma de ser e escrever que critica, sem desculpas, as estruturas de poder que moldam e conservam tais sistemas de opressão. Buscamos em nossa autoetnografia um modelo alternativo de escrita que exponha as quebras e as fendas de nossa existência nos tempos neocoloniais. Vemos a autoetnografia de betweeners como uma maneira de ser e de nos escrever na história de resistência contra opressão, injustiça e exclusão, uma que parta de nossa comunalidade humana e de identidades que compartilhamos. Escrevemos aqui uma articulação entre autoetnografia de betweeners e representações essencialistas em constante busca por justiça social.


Abstract How to write our history interlaced with the history of so many oppressed humans from so many singularities and shared universalities? We search for an autoethnography that is performative and transgressive in face of brutal inequalities, obvious injustice, and lame justifications by those with more privilege and power "to name the world." We search for a form of being and writing that goes, without apologies, after the structures of power that shape and maintain such systems of oppression. We search in our autoethnography an alternative model of writing that exposes the breaks and cracks of our existence in neo-colonial times. We see betweener autoethnography as a way of being and writing ourselves into the history of resistance against oppression, injustice, and exclusion, one that starts from our common humanity in betweener identities. We write, here, a joint betweener autoethnography against essentialist representations in name of justice.


Resumen Betweeners (palabra creada por los autores): utilizamos esta posibilidad del idioma inglés (difícil de traducir) a lo largo de esta versión portuguesa para explicar las condiciones de las personas que habitan el espacio entre mundos, entre fronteras, concreto y sociocultural. ¿Cómo escribir nuestra historia entrelazada con la historia de tantos humanos oprimidos, tantas singularidades y universalidades compartidas? Buscamos una autoetnografía performativa y transgresora frente a las desigualdades brutales, injusticias evidentes y justificativas poco convincentes de los que tienen más privilegios y poder para "nombrar el mundo". Buscamos una forma de ser y de escribir que critique sin disculpas las estructuras de poder que dan forma y mantienen tales sistemas de opresión. Buscamos en nuestra autoetnografía un modelo de escritura alternativo que exponga las hendiduras y fisuras de nuestra existencia en la época neocolonial. Vemos la autoetnografía de los Betweeners como una forma de ser y de se escribir en la historia de la resistencia contra la opresión, la injusticia y la exclusión, que parte de nuestra comunidad humana y de identidades compartidas. Aquí escribimos una articulación entre la autoetnografía de los Betweeners y las representaciones esencialistas en constante búsqueda de la justicia social.


Subject(s)
Social Justice , Colonialism , Social Inclusion , Teaching , Personal Narrative , Anthropology, Cultural
12.
Saúde Soc ; 29(3): e200563, 2020.
Article in Portuguese | LILACS, SES-SP | ID: biblio-1145111

ABSTRACT

Resumo Este ensaio aborda a importância da descolonização da saúde, fundamentada no referencial teórico das epistemologias do Sul de Boaventura de Sousa Santos, e aponta para uma ecologia de cuidados a ser produzida no campo da saúde coletiva, abordando saúde e doença, sofrimento e cura, agravo e cuidado por formas de luta que emergem no enfrentamento das dinâmicas capitalista, colonialista e patriarcal. O processo de biomedicalização tem se produzido na emergência de uma monocultura de concepções dominantes do saber biomédico que define as condições de validade do conhecimento e das intervenções sobre saúde, doença, cuidado e cura. Esta análise aponta para a importância de pesquisas colaborativas e não extrativistas que partem do reconhecimento dessa diversidade de saberes, práticas e experiências, da sua copresença e dos seus encontros, das lutas pela justiça social e cognitiva e das múltiplas e diversificadas lutas pelo acesso à saúde e aos cuidados de saúde. As relações entre a saúde coletiva e os saberes e práticas do cuidado e da cura que fazem parte da experiência e do mundo dos povos indígenas aparecem como um exemplo importante para o aprendizado de um pensamento e de um agir ecológico em saúde.


Abstract This essay focuses on the importance of decolonizing health care, based on the theoretical framework of the epistemologies of the South proposed by Boaventura de Sousa Santos, and points to an ecology of care to be produced in the field of public healthcare, approaching health and illness, suffering and healing, disorder and care through struggles that emerge in facing capitalist, colonialist and patriarchal dynamics. The process of biomedicalization emerges within a monoculture of dominant conceptions of biomedical knowledge that define the terms of validity of knowledge and interventions on health, illness, care and healing. This analysis points to the importance of collaborative and non-extractivist research projects based on the recognition of the diversity of knowledges, practices and experiences, of their copresence and their encounters, of the struggles for social and cognitive justice and of the multiple and diverse struggles for health and access to medical care. The relations between collective health and the knowledge, care, and healing practices that are part of the experience and of the world of the indigenous peoples emerge as an important example of how to learn to think and act ecologically in the field of health.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Health Knowledge, Attitudes, Practice , Health-Disease Process , Public Health , Knowledge , Health Services Accessibility
13.
Saúde Soc ; 29(1): e190297, 2020.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1101914

ABSTRACT

Resumo O manuscrito, em forma de ensaio, objetiva contribuir para o diálogo entre as abordagens das Epistemologias do Sul e o campo da saúde, com ênfase nas relações entre a biomedicina e os saberes e práticas tradicionais, complementares e integrativos. Essas relações são exploradas a partir da produção do conhecimento sobre as dimensões do saber, do poder e do ser na perspectiva da descolonização. Estudo de natureza teórico-conceitual. A descolonização do saber procura descolonizar a ciência e apropriar-se dela de forma contra-hegemônica, valorizar a interculturalidade, abrindo espaços para a inclusão dos diferentes tipos de saberes e práticas de cuidado. A descolonização do poder supõe a igualdade frente ao livre acesso e exercício dos diferentes tipos de recursos terapêuticos, deixando de tratá-los de forma marginal. A descolonização do ser incorpora práticas terapêuticas no campo da subjetividade, como a religiosidade/espiritualidade e as artes, sendo necessárias para a completude da pessoa. Dos encontros e articulações dessas dimensões emergem ecologias de saberes, abrindo o caminho à descolonização na saúde. O campo da saúde pública tem um papel central a desempenhar nesse processo, mas falta ampliar a sua concepção de saúde, incorporando a sua diversidade e pluralidade de saberes e práticas sociais.


Abstract This essay contributes to the dialogue between the approaches of Epistemologies of the South and the health field, focusing on the relationship between biomedicine and traditional, complementary and integrative knowledge and practices. Such relations are explored by using dimensions of knowledge, power and the self, based on the perspective of decolonization. This is a theorical-conceptual study. The decolonization of knowledge aims to decolonize science and appropriate it in an anti-hegemonic manner to value interculturality, enabling the inclusion of different types of knowledge and care practices. The decolonization of power presupposes equality in the face of free access while performing different types of therapeutic resources, not considered as marginal forms of treatment. The decolonization of the self incorporates therapeutic practices in subjective areas, such as religiosity/spirituality and the arts, which are necessary to a whole conception of the person. Ecologies of knowledges emerge from the encounters and articulations of these dimensions, as a pathway for decolonization in health. The public health field has a central role in this process, but its conception of health must be broadened by incorporating diversity and plurality of knowledges and social practices.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Complementary Therapies , Public Health , Knowledge , Cultural Competency , Therapeutic Approaches , Knowledge Management
14.
Interface (Botucatu, Online) ; 24: e190122, 2020. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1090686

ABSTRACT

Trata-se de relato sobre uma experimentação autoetnográfica usada como recurso pedagógico no curso de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), RS, Brasil. Essa estratégia foi orientada pelo pensamento pós-colonial de Mary Louise Pratt, visando ao estudo crítico do cotidiano, em contraponto aos modelos teórico-metodológicos funcionalistas anglo-saxões em Terapia Ocupacional. O exercício autoetnográfico aconteceu mediante observação e registro de atividades cotidianas em dois contextos, priorizando a narrativa autobiográfica, ao longo de três semanas. As impressões colhidas em campo serviram de base para a aprendizagem ativa e contextualizada de referências teóricas, operando como vetor de decolonização à medida que questionávamos a autoridade dos discursos anglo-saxões em Terapia Ocupacional.(AU)


This paper is a report of an autoethnographic experiment used as a pedagogical resource in the Occupational Therapy course of Universidade Federal de Pelotas, state of Rio Grande do Sul, Brazil. This strategy was guided by Mary Louise Pratt's post-colonial thought aiming at critically studying daily routine, as opposed to the functionalist-inspired Anglo-Saxon theoretical and methodological models in Occupational Therapy. The autoethnographic exercise was conducted by observing and recording daily activities in two contexts, prioritizing the autobiographical narrative for three weeks. The impressions gathered in the field based the active and contextualized learning of theoretical references, working as a decolonization vector as we questioned the power of the Anglo-Saxon discourses in Occupational Therapy.(AU)


Se trata de relato sobre un experimento autoetonográfico, usado como recurso pedagógico en el curso de Terapia Ocupacional de la Universidad Federal de Pelotas/Estado de Rio Grande do Sul, Brasil. Esta estrategia fue orientada por el pensamiento postcolonial de Mary Louise Pratt, con el objetivo del estudio crítico del cotidiano, en contrapunto a los modelos teórico-metodológicos funcionalistas anglosajones en Terapia Ocupacional. El ejercicio autoetnográfico se realizó mediante la observación y registro de actividades cotidianas en dos contextos, priorizando la narrativa autobiográfica durante tres semanas. Las impresiones recogidas en el campo sirvieron de base para el aprendizaje activo y contextualizado de referencias teóricas, operando como vector de decolonización a medida que cuestionábamos la autoridad de los discursos anglosajones en Terapia Ocupacional.(AU)


Subject(s)
Humans , Occupational Therapy/education , Universities , Anthropology, Cultural/methods , Narration
15.
Rio de Janeiro; s.n; 2020. 92 f p.
Thesis in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1367839

ABSTRACT

Este ensaio trata da construção de narrativas que questionam a matriz colonial que sustenta práticas na Atenção Primária em Saúde (APS) a partir da afirmação da experiência como produção do conhecimento e do reconhecimento do meu lugar social como mulher branca na sociedade brasileira. Com perspectivas do feminismo negro e decolonial, utilizo da escrita de si e registros de experiência em processo para fundamentar o que em mim pertence a uma sociabilidade de meu tempo. A partir de cenas das vivências de campo, reflito sobre as expressões da heteronorma nas relações de poder e violência de gênero do corpo de trabalhadora, bem como cisões e clivagens sociais na prática da APS considerando a racialidade como estrutura. Minhas reflexões são feitas a partir de leituras das atualizações das políticas que orientam esse nível de atenção e refletem o momento atual, em meio à crise da saúde no Rio de Janeiro-RJ e seu operar necropolítico. Por fim, proponho a reparação como caminho das políticas de saúde, de forma que reconheçamos nossa inscrição machista-patriarcal-heteronormativa-misógina no campo da saúde coletiva e a constituição moderno-colonial da história e democracia brasileira.


This essay discusses the narratives constructed around the colonial matrix that is embedded in some Primary Health Care (PHC) practices in the State of Rio de Janeiro, Brazil. In order to critically analyze this system, I assert my own experience as a legitimate method in the production of knowledge and of humanitarian practices in Public Health, recognizing my social role and my trajectory as a white woman in the Brazilian society. Based on the black feminism and decolonial feminist perspectives, I draw on this writing of the self, keeping records of my in-process experience, aiming to ground what belongs to me in this sociability of my time. Considering race as a structure, the scenes I experienced in the Field boost my reflections regarding the expressions of heteronormativity within relations of Power and gender violence, manifested in the employee's body, as well as the social divisions and cleavages in the PHC practices. As background of my reflections, I research about updates of the policies that guide this care level. Then, I critically reflect about the current moment in Rio de Janeiro, in the midst of the health crisis, and its necropolitical operation. Finally, present the reasons why I believe in reparation as the most humanitarian path to the health policies, through the assertion of the existence of a heteronormative-atriarchal-misogynist inscription in the field of collective health, and also of the modern-colonial constitution of the Brazilian history and democracy.


Subject(s)
Humans , Female , Primary Health Care , Health Personnel , Feminism , Cultural Characteristics
16.
Rev. psicol. polit ; 19(46): 602-614, set.-dez. 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1058850

ABSTRACT

O objetivo deste artigo é problematizar as experiências de indígenas no contexto universitário, tomando a noção de colonialidade como articuladora da análise. Para tanto, o artigo analisa duas cenas que ocorreram em uma universidade brasileira. A partir da ideia de campo-tema, a produção das informações deu-se no cotidiano universitário em diferentes ocasiões e em distintas atividades junto a estudantes indígenas, finalizando com uma roda de conversa em torno da experiência na universidade. Os resultados apontam que, por um lado, essas/es estudantes têm vivenciado uma formação colonizada e colonizadora, que invisibiliza suas experiências, saberes e modos de vida; por outro lado, eles/elas (re)existem produzindo fissuras de descolonização, objetivando-se em diálogos interculturais, que produzem novos caminhos e alternativas à colonialidade cotidiana.


This paper aims to problematize the experiences of indigenous people in the university context, taking the notion of coloniality as an articulator of the analysis. Therefore, it analyzes two scenes that occurred in a Brazilian university. From the idea offield-theme, the production of the information occurred in the university 's daily life on different occasions and in different activities together with indigenous students, ending with a round of conversation around the experience in the university. The results show that, on one hand, these students have experienced a colonized and colonizing formation, making their experiences, knowledge and ways of life invisible. On other hand, they (re)exist producing fissures of decolonization, aiming at intercultural dialogues, which produce new paths and alternatives to everyday coloniality.


El objetivo de este artículo es problematizar las experiencias de indígenas en el contexto universitario, tomando la noción de colonialidad como articuladora del análisis. Por lo tanto, analiza dos escenas que ocurrieron en una universidad brasilena. Por la idea de campo-tema, la producción de las informaciones se dio en el cotidiano universitario en diferentes ocasiones junto a los estudiantes indígenas, finalizando con una rueda de conversación en torno a la experiencia en la universidad. Los resultados apuntan que, por un lado, estes estudiantes han vivido una formación colonizada y colonizadora, invisibilizando sus experiencias, saberes y modos de vida. Por otro lado, ellos (re)existen produciendo fisuras de descolonización, objetivándose en diálogos interculturales, que producen nuevos caminos y alternativas a la colonialidad cotidiana.


L 'objectif de cet article est de problématiser les expériences des peuples autochtones dans le contexte universitaire, en prenant la notion de colonialité comme articulateur de l'analyse. Pour cela, l'article analyse deux scènes qui se sont déroulées dans une université brésilienne. A partir de l'idée de thème de terrain, la production de l'information s'est produite dans la routine de l'université à différentes occasions et dans différentes activités aux côtés des étudiants autochtones, se terminant par une série de discussions autour de l'expérience vécue à l'université. Les résultats montrent que, d'une part, ces étudiants ont connu une formation colonisée et colonisatrice qui rend leurs expériences, leurs connaissances et leurs modes de vie invisibles; d'autre part, ils (ré) existent, en créant des fissures de décolonisation, en visant des dialogues interculturels, qui donnent lieu à de nouvelles voies et alternatives à la colonialité quotidienne.

17.
Saúde debate ; 43(spe8): 203-218, 2019.
Article in Portuguese | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1127421

ABSTRACT

RESUMO Nesse ensaio, cujo título é inspirado na pequena obra-prima 'Sobre o conceito da História', de Walter Benjamin, narra-se a história da saúde coletiva, em conexão com o ser social brasileiro, por meio de doze teses concatenadas e, concomitantemente, independentes entre si; mais precisamente, dadas as divergências pontuais entre os autores, pode-se dizer que o texto apresenta teses e, por assim dizer, algumas antíteses. Sem deixar de reconhecer a relevância que o campo da saúde coletiva e o Movimento Sanitarista possuem nos rumos da saúde pública e da sociedade brasileira, encadeia-se o argumento de que ambos não ficaram imunes àquilo que se cunha aqui de SER (Sexismo, Elitismo e Racismo) - modo de ser constitutivo da modernidade e do ocidente -, responsável pelo não ser da maioria dita 'minorias', sobretudo dos cinco 'pês' de periferias: pobres, pretos, 'psicóticos', 'putas' e 'paraíbas'. Para fundamentar essa tese (ou teses), os autores irmanam-se, cada um à sua maneira, ao conhecimento cultivado e ofertado por intelectuais negras e negros, bem como a autoras e autores que contribuem para a descolonização dos saberes e práticas, incluindo alguns europeus, em direção à libertação coletiva.


ABSTRACT In this essay, whose title is inspired by the master piece 'On the concept of the History' by Walter Benjamin, we tell the history of the collective health, in connection to the Brazilian social human being, through twelve theses concatenated and concomitantly independent among them, precisely given some pointed divergences among us - the authors. We can say that the text presents theses and therefore some antitheses. We do acknowledge the relevance that the field of the collective health and the Sanitarian Movement have in the collective health and the Brazilian society; we linked the argument that both would not be immune to that which we here called: SER (Sexism, Elitism, Racism) - a way of being constitutive of our western and modern society -, responsible for the not-being of the majority which is called minority, mainly of the 5 archetypes of the Outskirts: 'the Poor, the Black, the Psychotic, the Prostitute, the Northeastern'. To ground this thesis (or theses), we fraternized ourselves, each one to his/her way, to the provided and cultivated knowledge by the black scholars as well as the authors who contribute to the decolonization of our knowledge and practices, including some Europeans, towards collective emancipation.

18.
Chinese Journal of Practical Nursing ; (36): 626-630, 2019.
Article in Chinese | WPRIM | ID: wpr-743675

ABSTRACT

Staphylococcus aureus (SAU) is one of the most common pathogens in nosocomial infections, and it often appears in the nasal vestibule, and the antibiotics resistance problemshas become more and more serious.Asymptomaticcolonization with SAU is a high risk factor that causes nosocomial infections, and it′s also the most easily neglected infection prevention and control links in clinical care. With the in-depth understanding of the colonization of the bacteria, the related epidemiological and decolonization nursing reports are gradually increasing. This review summarizes the clinically relevant aspects of nasal carriage of S. aureus, the relationship between colonization and nosocomial infection,and the nursing of decolonization. Which may provide guidance for prevention of nosocomial infections.

19.
Rev. lasallista investig ; 15(1): 152-158, ene.-jun. 2018.
Article in Spanish | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1093972

ABSTRACT

Resumen Introducción: La pedagogía narrativa se presenta como una visión dinámica para alcanzar reconocimiento e identificación producidos por la aparición de la trasgresión, la crítica, la mutación y los efectos políticos. La narración se torna obra al ser apropiada por los sujetos activándose así su sentido y su valor. Objetivo: Proponer un marco teórico desde la filosofía educativa denominado la pedagogía del "nosotros" como espacio de construcción/deconstrucción/reconstrucción/disolución. Así pues, Una epistemología descolonizada con enfoque de género. Materiales y métodos: Se trata de una investigación de carácter documental, analítica y explicativa, basada en el feminismo posestructuralista y la teoría crítica. Se hace uso de fuentes secundarias. Resultados: La conceptualización de la categoría de identidad como narración profundiza la idea de incorporación del sentido del ser, introduciendo claramente la agencia. Conclusión: La pedagogía del "nosotros" como espacio de construcción / deconstrucción / reconstrucción / disolución de nuestras identidades, sin pretender alcanzar una verdad o una visión totalizadora, clarifica divergencias y acuerdos para edificar posibles puntos de encuentro basados en el cuidado y la igualdad; intenta desarrollar una opción gnoseológica basada en la narrativa como estrategia pedagógica, porque aparte de ser una forma de conocimiento que reúne todas las pedagogías, es una forma en la que educadores/as y educandos/as pueden interpretar sus experiencias desde diversas perspectivas, incluyendo la convencional, la crítica, la feminista, la posmoderna y la fenomenológica.


Abstract Introduction: Narrative pedagogy is presented as a dynamic vision to achieve recognition and identification produced by the appearance of transgression, criticism, mutation and political effects. The narrative becomes work to be appropriate for the subjects thus activating their meaning and value. Objective: To propose a theoretical framework from the educational philosophy called the pedagogy of "we" as a space of construction / deconstruction / reconstruction / dissolution. A decolonized epistemology with a gender approach. Materials and methods: This is a research with documental, analytical and explanatory characteristics, based on post-structuralist feminism and critical theory. It makes use of secondary sources. Results: The conceptualization of the category of identity as a narrative deepens the idea of incorporating the sense of being, clearly introducing the agency. Conclusion: The pedagogy of "we" as a space of construction / deconstruction / reconstruction / dissolution of our identities, without pretending to achieve a truth or a totalizing vision, clarifies divergences and agreements to build possible points of convergence based on care and equality. Likewise, it tries to develop a gnoseological option based on the narrative as a pedagogical strategy because, apart from being a form of knowledge that brings together all the pedagogies, it is a way in which educators and learners can interpret their experiences from different perspectives, including the conventional, critical, feminist, postmodern and phenomenological.


Resumo Introdução: A pedagogia narrativa apresenta-se como uma visão dinâmica para atingir reconhecimento e identificação produzidos pela participação da transgressão, a crítica, a mutação dos efeitos políticos. A narração torna-se obra ao ser apropriada pelos sujeitos se ativando assim seu sentido e seu valor. Objetivo: Propor um quadro teórico a partir da filosofia educativa denominada a pedagogia de "nós" como o espaço de construção / desconstrução / reconstrução / dissolução. Deste modo, uma epistemologia descolonizada com abordagem de gênero. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa de carácter documentário, analítica e explicativa, baseada no feminismo pós-estruturalista e a teoria crítica. Utiliza-se fontes secundárias. Resultados: A conceptualização da categoria de identidade como narração aprofunda a ideia de incorporação do sentido do ser, introduzindo claramente a agência. Conclusão: A pedagogia do "nós" como espaço de construção / desconstrução / reconstrução / dissolução da nossas identidades, sem pretender alcançar uma verdade ou uma visão totalizadora, que clarifica divergências e acordos para edificar possíveis pontos de encontro baseados no cuidado e na igualdade; intenta desenvolver uma opção gnoseológica baseada na narrativa como estratégia pedagógica, porque além e ser uma forma de conhecimento que junta todas as pedagogias, é uma forma em que educadores/as e estudantes podem interpretar suas experiências a partir de diversas perspetivas, incluindo a convencional, a crítica, a feminista, a pós-moderna e a fenomenológica.

20.
Estud. av ; 32(94): 373-390, 2018.
Article in Portuguese | LILACS | ID: biblio-1008477

ABSTRACT

Este trabalho pretende ressaltar o conhecimento indígena tradicional ante o conhecimento eurocentrista em matéria de preservação da natureza e do patrimônio ambiental. Ante a atual crise ambiental, o resgate do conhecimento ecológico indígena aparece como uma alternativa para o desenvolvimento diante das ineficazes fórmulas de acumulação, vestígios do colonialismo. O sistema interamericano de proteção de direitos humanos tem contribuído com um reconhecimento dos direitos coletivos dos povos indígenas sobre suas terras e recursos naturais. Esse reconhecimento contém em si mesmo a aceitação dos conhecimentos ecológicos indígenas, os quais poderão contribuir para o estabelecimento de um novo modelo de desenvolvimento.


This paper aims to highlight traditional indigenous knowledge vis-à-vis Eu-rocentric knowledge regarding the conservation of nature and the preservation of the environmental heritage. Considering the environmental crisis, the validation of indigenous ecological knowledge appears to be an alternative to development in face of the ineffective recipe of accumulation of goods and other vestiges of colonialism. The Inter-American System of Human Rights has recognized the collective rights of indigenous peoples on their land and natural resources. This recognition contains in itself an acceptance of the indigenous ecological knowledge, which could contribute to a new development model.


Subject(s)
Humans , Male , Female , Natural Resources , Ecology , Environmental Policy , Human Rights
SELECTION OF CITATIONS
SEARCH DETAIL